A Americanas é a mais recente empresa brasileira a anunciar a criação de um fundo de corporate venture capital para investir em startups. A empresa quer participar de rodadas pré-seed, seed e, em alguns casos, da série A.
A meta da empresa é investir em até 20 startups em 2022 e integrar, acelerar e conectar as principais startups do país ao seu ecossistema. Este fundo será gerido pela IF, que funciona como o braço de inovação da Americanas e criou a fintech Ame Digital.
Modernização digital
Nos últimos tempos, a Americanas já vinha dando sinais de que está atenta à incorporação de tecnologias em seus processos. Hoje avaliada em R$ 30,2 bilhões, a empresa recentemente concluiu a unificação entre as lojas físicas e as operações digitais (Submarino, Shoptime e Americanas.com).
A prioridade das Americanas é investir em startups que possam ter alguma conexão com as lojas físicas e digital da empresa. Elas devem faturar ao mais R$ 10 mil e já ter pelo menos um produto testado. Algumas áreas são consideradas mais estratégicas pelas Americanas, tais como logística, fintechs e marketing. A ideia é que elas escalem seus negócios ao mesmo tempo em que prestem serviços às Americanas.
A empresa não divulgou o montante total que será destinado ao fundo de corporate venture capital. Em 2021, os estágios pré-seed, seed e série A captaram no Brasil uma média de US$ 221 mil, US$ 359 mil e US$ 1,6 milhão, respectivamente, segundo dados do Distrito, ecossistema independente de startups. No mundo, corporate venture capital movimentou US$ 78,7 bilhões em 2020, de acordo com a consultoria americana CB Insights.
Além das Americanas, outras grande empresas que também vem buscando se aproximar das startups são Itaú, Renner, Eurofarma, Ambev, entre outras. Outro movimento que tem sido observado são fundos especializados atraindo empresas interessadas em suas teses. Esse avanço possui relação com a pandemia da Covid-19, que exigiu das empresas uma aceleração de suas iniciativas digitais.